O sol racha o coco e a chuva emenda na poeira — cenário perfeito pro Aedes fazer morada. Cuiabá tá com o alerta ligado: o novo levantamento mostrou que quatro pedaços da cidade tão em alto risco, com o mosquito reinando em baldes, tonéis e até pneu velho. O povo anda se abanando de medo e de calor, porque o bicho pequeno tá dando um baile nos grandão.
Nos lados do Bosque dos Ipês, Pedra 90 e Guia, o pernilongo virou vizinho. Já são mais de 11 mil casos de chikungunya espalhados e quase trinta mortes que deixaram as famílias de coração apertado. A dengue corre por fora, somando mais de mil e quinhentos doentes. É o tipo de guerra que não se ganha com discurso, mas com tampa, vassoura e coragem.
O recado é claro: se o povo não ajudar, o mosquito não vai embora. Tem que olhar o quintal, secar o balde, virar garrafa, tampar a caixa d’água. Porque o Aedes não dá trégua — ele só precisa de um pingo pra nascer, e de um descuido pra vencer. E do jeito que tá, Cuiabá tá pedindo socorro com o corpo febril e o braço inchado.




