Sob o calor das águas pantaneiras, Cáceres abriu as portas para um encontro histórico: a primeira COP Pantanal – Saberes e Ações pelo Clima. Entre os dias 10 e 12 de novembro, pesquisadores, indígenas, ribeirinhos e ambientalistas se reuniram para discutir o futuro do maior planalto alagável do planeta. A proposta é simples, mas poderosa — fazer o Pantanal falar por si e ocupar espaço na agenda global do clima.
No palco do evento, o som dos berrantes se misturou à ciência e à mística do território. Fóruns do Fogo e das Águas trataram da seca, das queimadas e da gestão dos rios, enquanto crianças e jovens participaram da COP Pantanal Mirim. O resultado será a Carta do Pantanal, um documento com compromissos e propostas que seguirão rumo à COP30, em Belém, representando o coração da planície.
Idealizada pela Unemat e pelo IFMT, a conferência marca um passo inédito na união de saberes tradicionais e acadêmicos. “É hora de o Pantanal ser ouvido”, resumiu uma das coordenadoras. E, entre debates e rituais, ecoou o mesmo pedido de sempre: que o bioma, tantas vezes queimado e esquecido, seja enfim reconhecido como guardião do equilíbrio climático da América do Sul.




